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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Livros da minha vida - Crime e Castigo

Hoje acordei com vontade de escrever sobre viagens mas depois quando me sentei mesmo a escrever lembrei-me que ainda não tinha escrito aqui nada sobre livros. Os livros são passaportes para experiências. São portais mágicos para acontecimentos e conhecimento. São softwares para o nosso cérebro, não é? Fazem-nos conhecer vários pontos de vista e com isso tornam-nos maiores.


A literatura é o elo que une isto tudo e não havia nada de ideias nesta cabeça se não fossem os mestres.


Mestres como o que escreveu O Crime e Castigo. Este russo obstinado do meu coração escreveu muitos livros. Gosto muito de quase todos. Alguns não sei bem se os compreendo mas também não sei bem o que é compreender o que quer que seja na Arte. Fazem-me sempre bem ao âmago quando os leio mas é um fazer bem estranho. É um fazer bem que nasce de um sentimento de inquietação que dá a volta. Por ser tanto, fica pequeno, anula-se. É como se se alimentasse  dele mesmo até se consumir por inteiro. Como a Ungoliath de Tolkien.








 Esta é uma imagem da mesma edição do Crime e Castigo que eu tenho. Comprei numa feira de antiguidades por €5. Foi a minha primeira cópia deste livro. Hoje em dia tenho 3 edições diferentes, uma delas em Inglês.
Titulo: Crime e Castigo
Autor: Dostoiévski
Tradução: Maria Franco
Edição: Círculo de Leitores
( não tem data no livro, não consigo constatar de quando é mas penso que da década de

70)



























 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


O intuito desta inquietação vem por bons motivos e quando a personagem principal de um livro é irresistível e vil ao mesmo tempo, não sabemos bem se havemos de ficar do lado dela com aquele amor incondicional que atribuímos aos heróis errantes dos nosso livros ou se havemos de o condenar como ele quer que o condenemos.


Porque ele quer. Ele sabe que o amas e que o vais perdoar de tudo mas julga-se tanto que te obriga a julgá-lo também. Como ele quer agitar-nos com aquelas historias de pessoas boas que fazem as coisas erradas por motivos tão estranhos.


É difícil para um  escritor criar uma personagem que interaja com o leitor. É esta mestria que separa os bons dos excelentes e não há tantos tão excelentes. O Fyodor faz isto como segunda natureza, só o vi a descuidar este envolvimento pessoal da personagem em dois livros mas não lhes fazia falta, era outra coisa que ele estava a fazer ali.


O que eu quero com isto é que vão ler o Crime e Castigo do Dostoiévski.



 


 


 


 


Fiódor Dostoiévski, fotografado em 1879.


(Moscovo, 30.10.1821 – S.Petersburgo, 28.01.1881)


 Bibliografia em Português no Wook.


 


 




 


 


 


 


 


 


 


Comprem nas livrarias pequenas, estão a morrer no nosso país e são lugares tão sagrados.Não vou falar muito mais sobre o enredo nem sobre as personagens; para quem não leu, defendo-lhes o prazer de ir virgens para o romance e quem já leu não precisa de ouvir falar do enredo.


O objectivo seria mais explicar com que tipo de pensamentos e sentimentos este autor nos consegue deixar e como essa profundidade de pensamentos e expressão nos aprofunda também. Se nos deixa mais felizes, é outra questão.


Mais livros em breve.


V

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